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domingo, 25 de novembro de 2012

Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

O Dia 25 de novembro (além de ser meu aniversário) foi definido pela ONU como sendo o DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.

O Parto e o Nascimento, hoje, apesar da necessidade de terem as mulheres como protagonistas, são eventos tratados como um evento hospitalar, em que o desrespeito marca, tanto física quanto psicologicamente, e de forma negativa, a maioria das mulheres em nosso país. Isso porque, num contexto em que a medicina trata o corpo da mulher como defeituoso, o médico se torna o principal personagem, e na maior parte dos casos, o pior pesadelo na vida das mulheres que estão prestes a parir.
E ainda nesse contexto, as cesáreas desnecessáreas e eletivas se tornam a violência muda e encoberta - os médicos jogam com as mulheres fragilizadas, em trabalho de parto, sem acompanhantes, e dizem que se não forem para a (violenta) cesárea salvadora, seus bebês podem sofrer e morrer.

A autonomia da mulher é desrespeitada, seu corpo é invadido, sua vida, suas crenças, seus ideais - tudo que caracteriza o ser humano psico, sócio, biologicamente, culturalmente. A mulher e o bebê são mais um caso clínico a ser resolvido, e não uma mulher e um bebê.

A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, portanto, está mais do que inserida na nossa luta pela eliminação de qualquer tipo de violência contra as mulheres. E no Brasil, onde 1 em cada 4 mulheres relatam ter sofrido violência no atendimento ao parto, essa questão deveria ser muito mais discutida entre mulheres e coletivos de luta das mulheres. O que vemos, no entanto, é um silêncio perturbador, quebrado por poucos - e quando isso ocorre, os poucos são censurados, taxados de loucos e as mulheres, diz-se, estão apenas "de firulas".
Somos loucos! Loucos lutando por direitos que deveriam ser mais do que assegurados por lei: deveriam ser respeitados!

Abaixo, segue documentário feito no último mês de outubro: "Violência Obstétrica - A Voz das Brasileiras".
São relatos reais de mulheres brasileiras que foram desrespeitadas pelo atendimento obstétrico brasileiro. Será que elas estão "de firulas"?
Eu acredito que não.

Que a luta continue.
Porque eu não gostaria que eu, você mulher, futura mãe, suas irmãs, suas primas, nossas amigas, nossas mulheres brasileiras - eu não gostaria que nenhuma delas tivesse que me relatar, como relatam nesse documentário, qualquer tipo de violência sofrida no momento do parto.
Eu gostaria de vê-las sorrir e dizer: "Foi lindo! EU pari, EU consegui! O respeito pela equipe foi sublime".

Respeito!

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