O Dia 25 de novembro (além de ser meu aniversário) foi definido pela ONU como sendo o DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.
O Parto e o Nascimento, hoje, apesar da necessidade de terem as mulheres como protagonistas, são eventos tratados como um evento hospitalar, em que o desrespeito marca, tanto física quanto psicologicamente, e de forma negativa, a maioria das mulheres em nosso país. Isso porque, num contexto em que a medicina trata o corpo da mulher como defeituoso, o médico se torna o principal personagem, e na maior parte dos casos, o pior pesadelo na vida das mulheres que estão prestes a parir.
E ainda nesse contexto, as cesáreas desnecessáreas e eletivas se tornam a violência muda e encoberta - os médicos jogam com as mulheres fragilizadas, em trabalho de parto, sem acompanhantes, e dizem que se não forem para a (violenta) cesárea salvadora, seus bebês podem sofrer e morrer.
E ainda nesse contexto, as cesáreas desnecessáreas e eletivas se tornam a violência muda e encoberta - os médicos jogam com as mulheres fragilizadas, em trabalho de parto, sem acompanhantes, e dizem que se não forem para a (violenta) cesárea salvadora, seus bebês podem sofrer e morrer.
A autonomia da mulher é desrespeitada, seu corpo é invadido, sua vida, suas crenças, seus ideais - tudo que caracteriza o ser humano psico, sócio, biologicamente, culturalmente. A mulher e o bebê são mais um caso clínico a ser resolvido, e não uma mulher e um bebê.
A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, portanto, está mais do que inserida na nossa luta pela eliminação de qualquer tipo de violência contra as mulheres. E no Brasil, onde 1 em cada 4 mulheres relatam ter sofrido violência no atendimento ao parto, essa questão deveria ser muito mais discutida entre mulheres e coletivos de luta das mulheres. O que vemos, no entanto, é um silêncio perturbador, quebrado por poucos - e quando isso ocorre, os poucos são censurados, taxados de loucos e as mulheres, diz-se, estão apenas "de firulas".
Somos loucos! Loucos lutando por direitos que deveriam ser mais do que assegurados por lei: deveriam ser respeitados!
Abaixo, segue documentário feito no último mês de outubro: "Violência Obstétrica - A Voz das Brasileiras".
São relatos reais de mulheres brasileiras que foram desrespeitadas pelo atendimento obstétrico brasileiro. Será que elas estão "de firulas"?
Somos loucos! Loucos lutando por direitos que deveriam ser mais do que assegurados por lei: deveriam ser respeitados!
Abaixo, segue documentário feito no último mês de outubro: "Violência Obstétrica - A Voz das Brasileiras".
São relatos reais de mulheres brasileiras que foram desrespeitadas pelo atendimento obstétrico brasileiro. Será que elas estão "de firulas"?
Eu acredito que não.
Que a luta continue.
Porque eu não gostaria que eu, você mulher, futura mãe, suas irmãs, suas primas, nossas amigas, nossas mulheres brasileiras - eu não gostaria que nenhuma delas tivesse que me relatar, como relatam nesse documentário, qualquer tipo de violência sofrida no momento do parto.
Eu gostaria de vê-las sorrir e dizer: "Foi lindo! EU pari, EU consegui! O respeito pela equipe foi sublime".
Respeito!
Porque eu não gostaria que eu, você mulher, futura mãe, suas irmãs, suas primas, nossas amigas, nossas mulheres brasileiras - eu não gostaria que nenhuma delas tivesse que me relatar, como relatam nesse documentário, qualquer tipo de violência sofrida no momento do parto.
Eu gostaria de vê-las sorrir e dizer: "Foi lindo! EU pari, EU consegui! O respeito pela equipe foi sublime".
Respeito!
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